Princípios Básicos da Economia
RESUMO: O PRESENTE ARTIGO TEM POR OBJETIVO A
EXPLANAÇÃO DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS NECESSÁRIOS PARA O DEVIDO ENTENDIMENTO DA
ECONOMIA COMO CIÊNCIA, ELENCADOS NO LIVRO O
MANUAL INTRODUTÓRIO , DE GREGORY MANKIW. FAZ-SE NECESSÁRIO O PRÉVIO
CONHECIMENTO BÁSICO SOBRE O SURGIMENTO, CONCEITO, PRINCIPAIS CAMPOS E OBJETO DE
ESTUDO DA ECONOMIA, QUE PODE SER ACESSADO CLICANDO AQUI.
Introito
Na
busca pelo melhor entendimento da economia, logo após o conhecimento do
conceito, surgimento, campos de pesquisa, ramos e do objeto de estudo desta tão
abrangente ciência, nos preparamos para escalar mais um degrau rumando à plena
compreensão: os princípios
básicos da Economia.
Estes princípios são as constatações
referentes aos sistemas econômicos observados pelos pesquisadores; permitem o
aprofundamento do conhecimento, posto que proporcionam a melhor compreensão dos
fenômenos econômicos, norteiam o indivíduo no mundo da Economia Política, e servirão para análises mais elaboradas.
1 - ESCOLHAS E TRADE-OFFS
Este princípio é a definição da escolha; mas
não uma escolha qualquer. Trata-se da escolha em entre duas opções oposta,
valores complexos, impossíveis de serem escolhidos ambos concomitantemente: a
escolha de uma opção e consequente exclusão de outra em prol da primeira.
Esta escolha é comum no dia-a-dia de todas as
pessoas. São escolhas como ir ou não ir, fazer ou não fazer, morrer ou viver;
são absolutamente incabíveis serem efetivadas ao mesmo tempo com os mesmos
recursos pela mesma pessoa. Em suma, esse conceito refere-se ao conflito de escolhas.
2 - TRADE-OFFS E O "CUSTO DE OPORTUNIDADE"
Complementar ao
princípio precedente, este diz respeito a qual seria a melhor escolha,mais
lucrativa, como medir o custo de uma escolha que sacrifica outra.
Sabendo que uma
escolha impossibilita a oposta, mede-se o custo da escolha feita pelo valor da
alternativa preterida. O custo de oportunidade dá-se pelo valor do que é
perdido na seleção de uma alternativa e exclusão das demais.
3 - ESCOLHA E DECISÃO "NA MARGEM"
Diz respeito ao custo
marginal e receita marginal.
Marginal é a variação de uma quantidade em relação a
outra. Assim, podemos compreender o custo
marginal como sendo taxa
de variação do custo total entre as quantidades; a diferença no valor gasto para produzir outra quantia.
4 - DECISÕES E INCENTIVOS
As decisões,conforme vimos
até aqui, são tomadas de acordo os Trade-offs, Custos de Oportunidade e decisões na margem. Mas só isso não basta para
que façamos escolhas, pois esta, é um muito mais complexa. O conceito
explanado agora, diz respeito, conforme sugere o próprio nome, aos incentivos nas
decisões.
Os incentivos são instrumentos
utilizados pela economia para influenciar determinada ação. P.ex: ao subir
o preço de motocicletas, as pessoas são influenciadas a não comprá-las, e os
produtores a fabricá-las; ao subir o preço da banana, a tendência é que a
população compre outras frutas, e os produtores, aumentem sua produção para
auferir maiores lucros.
5 - ESPECIALIZAÇÃO NA PRODUÇÃO E TROCAS
No mundo
globalizado em que vivemos, notamos, tanto no âmbito mundial (cada pais), como
no âmbito nacional( regiões, estados, empresas etc.), o aperfeiçoamento de
certas produções, aperfeiçoamento na produção de certos produtos ou até mesmo
serviços. Com a especialização, a produção foca itens específicos que, por sua
vez, são trocados por outros itens, produzidos por outros, especializados
naquilo.
Dessa forma, este conceito
tangencia a produção de bens por produtores especializados naquilo, e sua
respectiva troca por produtos também feito por especialistas.
" A especialização está associada à troca: cada
um produz seu artigo e o vende, e com o produto da venda,compra os demais artigos
para seu consumo"¹
6 - TROCAS E MERCADOS
É o entendimento acerca da oferta e procura. A regulação das trocas nos mercados
dá-se pela lei de oferta e procura. Havendo grande procura de determinado
produto, o mesmo tenderá a um aumento de preço, na medida que, havendo maior oferta,
mercado mais competitivo, o preço tenderá a diminuir, como se fosse uma
balança.
7 - FALHAS DE MERCADO E FUNÇÕES ECONÔMICAS DO GOVERNO
O mercado capitalista liberal, regula-se sem
a interferência do estado, através do princípio acima citado (vide princípio
6). No entanto, no estado neo-liberal, o estado influencia levemente sobre a
economia, evitando desigualdades discrepantes, injustiças ou abusos, seja por
meio da diminuição do poder de mercado dos agentes, ou por ações diretas na
distribuição de renda, etc.
O mercado regula os preços de seus produtos
com base na concorrência e demanda pelos consumidores. Mas exemplifiquemos uma
situação em que, somente uma única empresa fosse detentora dos direitos e meios
de produzir um item essencial à vida. Esta empresa poderia, devido a alta
demanda (pois o ser humano tende no sentido de buscar viver) e a baixa
concorrência(concorrência nula, pois só ela pode produzir), elevar seus preços
a um nível exorbitante. Nesse caso, o Estado, como tutor de sua população
deveria interferir para que houvesse o devido ajuste de preço, por meio da
concessão de direito e meios de produção do item para outras empresas,
patrocinando-as nas sua produções e aumentando a concorrência que tornaria o
preço do item mais acessível.
Conforme vimos, quando há o conflito de interesse
entre o individual e o coletivo, o mercado tende a FALHAR, e o
governo, se utiliza de suas funções econômicas para que haja o ajuste e
reparação destas falhas visando o bem-comum.
8 - PADRÕES DE VIDA E PRODUTIVIDADE
As diferenças
sociais são visíveis e não se pode negar suas discrepâncias. A grande questão,
além da solução, é a questão que deve preceder a de solução, é a pergunta sobre
o por que existe essa diferença.
Em certos
aspectos, a disponibilidade dos recursos naturais, caracterizam nações ricas e
com elevado padrões de vida em geral. Assim, esta seria uma das justificativas
de prosperidades de uns em relações a outros.
" É como se fosse uma loteria premiando, por exemplo, países Árabes com enormes reservas de petróleo, a Rússia com muito gás em seu subsolo, o Brasil com minério de ferro e grande extensão de terras agricultáveis etc."²
Não obstante, a mera disponibilidade de recursos no país, sem as
devidas ferramente para aproveitamento desta, não são segurança de
enriquecimento do Estado. Para que haja a riqueza, é necessário, além do
superávit potencial, a transformação deste, em superávit efetivo.
"O padrão de vida médio de um país depende de sua capacidade de produzir bens" ³
____________
1 - VERSIANI, Flávio R. REZENDE, Bruno P. RODRIGUES,
Patrícia C.; Introdução à Economia: alguns conceitos básicos da Economia; UnB.
2 - Op. cit.
3 - Op. cit.
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